quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Calculadora em Sala de Aula: Vilã ou Coadjuvante?



"Ainda percebemos uma postura tradicional adotada por muitas escolas. Falta segurança para o professor desafiar e tentar superar conceitos rígidos, sendo flexível e permitindo que o aluno opere a máquina, tendo-se em vista as vantagens discutidas aqui.
O uso de um método para o ensino do cálculo mental auxiliaria no desenvolvimento do raciocínio matemático, que, aliado ao uso da calculadora, permitiria a liberdade de uso da mesma.
Torna-se necessário o preparo do docente para que ele possa auxiliar seus alunos no que for possível. Muitos professores ignoram seu manuseio e as funções para além daquilo que utilizarão em sala de aula e não poderão orientar o trabalho. Para isso, segundo Schiffl (2006), é imprescindível que o uso da calculadora seja familiar ao professor, para que possa utilizá-la à vontade em sala de aula.
Apto a empregá-la, cabe ao professor orientar seus alunos para que não façam uso indevido deste instrumento, salientando a importância do raciocínio rápido.
Ao invés de proibir é preciso incluí-la. É papel da escola ensinar o aluno a usá-la com sensatez. Para isto, o professor deve planejar as atividades cuidadosamente, delinear os objetivos para que possa alcançá-los, não centrando a aula no seu uso, mas utilizando-a como um auxílio, dando ênfase à compreensão, ao desenvolvimento de diferentes formas de raciocínio e à resolução de problemas.
Indagar sobre a possibilidade de uso da calculadora como recurso de aprendizado é desafiador, já que muitos pais e professores não a veem como tal.
Os estudos efetuados mostraram que o trabalho realizado com a calculadora é enriquecedor, transformando a sala de aula num espaço de buscas e descobertas, tendo o instrumento como aliado em muitas tarefas.
Orientar o aluno para o seu uso é permitir-lhe o domínio de uma tecnologia acessível a todos, presente no cotidiano, inserindo-o no mercado de trabalho. Fica evidente que há restrições, não cabendo o seu uso em todas as atividades realizadas.
O papel do professor tem um valor fundamental, uma vez que lhe cabe planejar atividades, coordenando e conduzindo a aula para a promoção de uma aprendizagem significativa.
Mesmo sendo um desafio para muitos professores e escolas, a inserção deste recurso tecnológico na Educação Matemática significa o acompanhamento de uma evolução e não pode ausentar-se deste espaço, que é, ainda hoje, considerado o berço do conhecimento - e talvez a única oportunidade para muitos de mudar a sua história." (Autor: Tatiana Testoni Coelho)


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